A última sessão ordinária da câmara municipal de Tapurah, realizada na terça-feira (03/12) foi exclusiva para a votação das contas de governo da Prefeitura Municipal de Tapurah, referentes ao exercício 2016, último ano da gestão de Luiz Umberto Eickhoff. As mesmas tiveram a aprovação dos nove vereadores, que acompanharam o parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) e do Ministério Público de Contas.
Durante a sessão o ex-gestor foi questionado sobre algumas denúncias de fatos que teriam ocorridos durante a gestão, como as obras de construção da sede do Conselho Tutelar e calçadas de paver do Centro de Cidadania e Transformação, que não teriam sido pagas à construtora, e em relação ao recebimento de manilhas e meio-fio, que não teriam sido entregues à administração, mas que foi assinado o recebimento e efetuado o pagamento. O vereador Cleomar ressaltou que chegou a protocolar um Ofício no TCE, solicitando informações à respeito, mas que lhe foi negado por se tratar de investigação sigilosa.
O ex-prefeito respondeu afirmando que as contas de gestão é o TCE que julga e que até o momento não existe nenhum processo contra a sua pessoa. Eickhoff citou que herdou uma prefeitura em condições precárias em 2013, com obras de esgoto paradas, o Bairro Jardim Juliana com ruas abertas, e que teve que dar continuidade. Citou ainda a obra da creche Monteiro Lobato, no Bairro São Cristóvão que estava paralisada e todo o orçamento já tinha sido gasto, e que foi retomada na sua gestão, além de outras obras que estavam com problemas. Segundo Eickhoff, apesar de muitos problemas, Tapurah foi o único município a concluir uma obra do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no estado de Mato Grosso sem nenhuma pendência, e o município continua apto a fazer convênios e angariar recursos do governo federal para novas obras. O ex-prefeito afirmou que “tudo o que foi assinado em sua gestão, também foi recebido, e que não teve manilhas pagas que não foram recebidas”. Ainda citou que empresas construtoras ganham processos de licitação, iniciam as obras e no segundo dia já vão à prefeitura solicitar aditivo de 25% do valor.
“Quem fala que manilhas foram pagas e que não chegaram em Tapurah está mentindo. Se tem um cara que controlou e ia pessoalmente nas secretarias para acompanhar tudo de perto era eu, e eu não permitia que estas coisas acontecessem. O que acontece muito em uma gestão pública é que a empreiteira começa uma obra e no segundo dia está na prefeitura pedindo aditivo de contrato de 25%, e daí a gente nega (como prefeito) por que não tem condições de aumentar aquele contrato, daí cria estas situações de denúncias. Falar é uma coisa, oque eu quero é ver documentos para esclarecer estas situações”, respondeu o ex-prefeito durante a sessão.
Após a sessão, Luiz Eickhoff disse que todos os questionamentos feitos durante a sessão foram bem vindos, porque oferecem a oportunidade de esclarecer algumas questões sobre a sua administração que não foram colocadas de forma adequada anteriormente. “Eu fiz questão de vir pessoalmente até a câmara para a sessão, justamente para mostrar que estamos sempre à disposição dos vereadores, que são os fiscais da gestão pública, e hoje tive a oportunidade de esclarecer aquilo que eu pude, mas é claro que tem informações que a gente não tem na cabeça, mas pode ser buscada nos documentos. Foi interessante a sessão e gostei da forma que foi conduzida”, ressaltou.
O presidente da câmara de Tapurah, vereador Odair Nunes destacou que neste ano foram aprovadas as contas dos dois anos da gestão de Luiz Eickhoff (20015 e 2016), sendo que a de 2015 foi votada e aprovada no dia 03 de junho. Segundo Odair, não é bom que os prefeitos terminem o mandato e fiquem com pendências a resolver durante muitos anos após o Término da gestão. “É melhor você enfrentar logo o problema, votar as contas de quem trabalhou por quatro anos pelo município e, assim com a aprovação o ex-gestor fica mais tranquilo”, frisou.
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