Foto por :

A presidente (em exercício) da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputada Janaína Riva (MDB) esteve em Tapurah na última quarta-feira (1º de maio), onde acompanhada de lideranças e amigos, prestigiou a 6ª Festa do Leitão no Rolete. O município faz parte de sua base eleitoral e a deputada diz ter um carinho especial pela população tapuraense.

Janaína assumiu no último dia 17 de abril a presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), substituindo o deputado Eduardo Botelho (DEM), que se licenciou, sendo a primeira mulher a presidir a Casa de Leis em 184 anos do Parlamento estadual. Sobre o momento no cargo de presidente, a deputada diz que é uma experiência única, e que, apesar da nova responsabilidade tomar bastante tempo e de ter que deixar de atender os eleitores para atender os deputados, a demanda do Parlamento satisfaz e com isso consegue fazer as coisas que projetou anteriormente.

“É uma coisa que eu gosto muito de fazer, tenho aproveitado esta oportunidade para estreitar os laços com os deputados. Hoje mesmo aqui em Tapurah eu estava conversando com dois dos deputados da AL, e vamos fazer um trabalho com os novos deputados que vieram através da indignação das urnas, da mudança que os eleitores estão pedindo, pois a Assembleia precisa se adaptar a eles também. Apesar de eu achar que 40 dias (na presidência) é muito pouco tempo, mas é suficiente para a gente ir propondo as reformas daquilo que a gente acha que não está dando certo e que não traz benefícios para a nossa população. Eu gosto muito destes desafios e vou fazer o meu melhor para que nosso Estado se desenvolva cada vez mais”, destaca a deputada.

O fato de ser filha do ex-deputado e ex-presidente da AL, José Riva tem contribuído muito para a atividade da parlamentar.  Conforme Janaína, a experiência do pai ajuda muito através de seus conselhos. “Isso me ajuda muito, pois tanto o meu pai me cobra para não cometer os erros que ele cometeu, como ele cobra para cometer os acertos que ele teve. A liderança dele (José Riva), que ele ensinou eu e meus irmãos para sermos humildes, cumprimentar as pessoas, receber sempre sorrindo, mesmo que seja para dizer um não, mas tratar as pessoas com respeito, isso é uma das melhores coisas que meu pai nos ensinou e, além de usar isso atualmente na Assembleia, vamos levar isso para a vida toda”, ressalta.

Emenda Parlamentar

No ano de 2018, quando esteve no município durante campanha eleitoral a deputada se comprometeu com uma emenda parlamentar federal de R$ 1 milhão para concluir o trabalho na rede de esgoto de Tapurah. Durante a visita ao município a deputada disse que agora trabalha para viabilizar a mesma emenda com valor maior, por que R$ 1 milhão seria insuficiente para o projeto.

“É um recurso de emenda federal que conseguimos na Funasa e ela suspendeu a destinação destes recursos, talvez pela troca de presidente, mas já estamos trabalhando novamente para conseguir este recurso, só que agora não queremos mais R$ 1 milhão porquê, assim como o prefeito Iraldo disse e eu também acho, um milhão é insuficiente, por que para mexer com a rede de esgoto precisa abrir a cidade inteira, e se o gestor não tiver dinheiro para concluir o projeto, o desgaste é maior que o benefício. Então a gente está trabalhando para viabilizar e apresentar um novo projeto de pode chegar até R$ 5 milhões”, afirma.

Debate sobre VI

Assim como outros deputados da ALMT, Janaína tem recebido cobranças sobre os custos dos deputados e o uso da verba indenizatória (VI) de R$ 65 mil mensais que todos os 24 deputados tem direito. Em Tapurah o prefeito Iraldo Ebertz tem chamado a tal verba de mensalinho e tem cobrado, inclusive dos deputados de seu partido, para que renunciem este recurso.

Questionada sobre o assunto, Janaína Riva disse que já convidou o prefeito Iraldo e uma comissão de prefeitos de Mato Grosso para irem até a ALMT, para entenderem que a questão da VI é o que possibilita que o parlamentar seja independente.

“O que acontece hoje, não só na ALMT, mas com relação ao governo, até porque no governo anterior (de Pedro Taques) eu passei por isso, onde o governador não pagava nada das minhas emendas, eu era opositora da mesa diretora da Assembleia, e como eu fazia para viajar aos municípios e desenvolver o meu trabalho era usando a verba indenizatória. A gente não pode acreditar que todos os deputados que estão ali são empresários, e tem muitos que são, que estão ali (na AL) não por que querem ser deputados independentes, mas por que tem interesse no governo e essa verba indenizatória possibilita que o deputado faça esse trabalho”, pontua.

Sobre o assunto, Janaína disse que dá para avançar nas discussões sobre os recursos da AL, assim como de outros órgãos também, a exemplo do TCE-MT (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso). Para explicar melhor sobre o assunto a deputado convidou o prefeito Irado e uma comissão de prefeitos para irem até a Assembleia enquanto a mesma está na presidência para abrir uma discussão sobre o assunto.

“Convidei o prefeito Iraldo e os demais que nos perguntam sobre isso para ir na ALM, para eu poder explicar melhor sobre isso e a gente começar a trabalhar aquilo que vai dar retorno de verdade. Talvez a VI acabe em 4, 5 ou 6 anos, talvez tenha uma melhoria salarial, a gente não sabe, mas principalmente precisa mudar o comportamento da população e, principalmente do eleitor que não vota por que você não contratou ele ou alguém da família e as campanhas ficam muito caras. Quando as campanhas passarem a ser realmente gratuitas, baratas, as pessoas votarem em você pelo trabalho, aí não precisaria nem do salário de deputado, e somente a estrutura da AL já seria o suficiente”, frisa.