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A secretaria nacional de Proteção e Defesa Civil (SEDEC) reconheceu a situação de emergência nos municípios de Tapurah, Itanhangá e Nova Maringá, na região médio-norte de Mato Grosso, em razão dos estragos provocados nas áreas urbanas e rurais nos primeiros meses de 2019. O município de Ipiranga do Norte, que também decretou situação de emergência ainda está sob análise do órgão.

O prefeito de Tapurah, Iraldo Ebertz decretou situação de emergência através do decreto 123/2019, no dia19 de fevereiro. Itanhangá e Nova Maringá também tiveram o Decreto lançado no mesmo Mês. Nas últimas duas semanas, técnicos da Defesa Civil do Estado estiveram acompanhando a situação dos municípios na região e homologaram os decretos baixados pelas prefeituras dos municípios.

Conforme o prefeito de Itanhangá, Edu Pascoski, as chuvas provocaram o rompimento de bueiros, pontes e estradas do município, o que prejudicou também o calendário escolar, bem como inviabilizou o transporte de insumos agrícolas e o escoamento de produtos da agricultura familiar. Pascoski diz que o município já reconstruiu várias pontes e bueiros.

“No mês de fevereiro a nossa situação se agravou no município com o volume de chuvas, e devido a isto, fomos até a Defesa Civil do Estado e ela veio nos acompanhar in loco para se comprovar a situação de emergência. Fizemos todos os relatórios e encaminhamos para o governo federal. O que estamos buscando junto ao governo federal, e já saiu a confirmação do reconhecimento nosso da situação de emergência, é facilitar a captação de recursos junto a Defesa Civil Nacional para reparos imediatos e provisórios, e também para a construção de pontes de concreto e bueiros. Agora tem um passo a passo que tem de ser seguido e estamos aguardando a Defesa Civil retornar ao nosso município na próxima semana para auxiliar nossos engenheiros, para que possamos fazer o cadastro no sistema corretamente e depois aguardar a liberação dos recursos para a gente reconstruir estas pontes e estes bueiros em concreto. Este é o nosso objetivo para que no futuro se resolva isso, e que não tenhamos que ficar fazendo somente aqueles trabalhos paliativos”, disse.

Segundo Pascoski, muitos produtores do município tiveram que fazer voltas em outras estradas para poder chegar aos armazéns para levar a sua produção. Muitos também registraram queda na produção da safra de soja 2018/2019, onde o prejuízo é estimado em cerca de R$ 17,5 milhões.

“Fizemos um cálculo com a Aprosoja (Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso), onde a queda da produção no nosso município irá gerar um prejuízo estimado em torno de R$ 17,5 milhões na atual safra. A perda da produção no nosso município chega a 7%, e em alguns locais estão falando em torno de 10 a 12%”, pontua.

Com o reconhecimento federal os municípios podem pleitear recursos para a reconstrução das áreas atingidas, mediante apresentação de um plano de trabalho orientado pela Defesa Civil do Estado, onde constará as metas analisadas pela Secretaria Nacional.