O volume de chuva que caiu no município de Tapurah e região Médio Norte de Mato Grosso desde o último fim de semana foi suficiente para tirar o peso da preocupação dos produtores de soja, milho e algodão, os quais enfrentaram um período de seca de 20 dias. Assim como marcava na previsão do tempo, as chuvas vieram a partir do último dia 5 e na última semana se intensificou e normalizou a situação das lavouras tapuraenses.
Mesmo com o volume de chuva dos últimos dias e com a normalização do clima no mês de dezembro, produtores dizem que a perspectiva da safra 2020/2021 já não é a mesma do início do plantio, quando estimavam uma grande produção. Atualmente é estimada uma perda de produção entre 20 e 30%.
Para o presidente do sindicato rural de Tapurah, Dirceu Luiz Dezem, assim como em outros municípios do estado, Tapurah não terá uma produção igual a dos últimos anos, mas também não será uma safra tão ruim como estava parecendo nos últimos dias com a falta de chuva.
“Com estas chuvas que caíram nos últimos dias e com as previsões futuras, acreditamos que não será tão ruim como estava pintando. Hoje temos em nossa região casos pontuais de lavouras boas e de lavouras ruins, que sentiram mais a falta de chuva, mas no geral, podemos dizer que as lavouras estão razoáveis”, disse.
Conforme Dezem, até esta semana, desde o início do período do plantio da safra 2020/2021 algumas lavouras do município não tiveram 100 mm de chuva acumulados e outras tiveram algumas chuvas a mais e estão mais animadoras. Segundo ele, mesmo aquelas lavouras que sentiram mais a falta da chuva, ainda tem condições de se recuperar e produzir uma média satisfatória, para que o produtor não fique no prejuízo. A estimativa do sindicato é que a produção média seja entre 20 e 30% menor que a safra 2019/2020.
“Não teremos uma safra igual a do ano passado, isso já é questão definitiva em virtude de algumas lavouras que a soja não nasceu bem e algumas em que o plantio ficou mais atrasado e, isso tudo soma para que a produção deste ano seja menor em comparação a última safra. Ainda existe um tempo de recuperação destas lavouras mais atingidas pela seca, mas nós acreditamos que teremos uma produção média entre 20 e 30% menor que a safra anterior no nosso município”, pontua.
Expectativa para a safra do milho
Com o retorno das chuvas e a normalização das lavouras de soja, os produtores já começam a pensar no plantio do milho. A expectativa é que possam fazer a colheita do grão na hora certa, sem muito atrapalho causado pelo excesso de chuvas em janeiro e fevereiro e dar início ao plantio do cereal.
Para os produtores, a próxima safra do milho vai servir para recuperar o que foi perdido na produção da soja “É uma boa luz no fim do túnel para nós produtores, mas perspectivas é sempre perspectiva. A certeza mesmo a gente só tem quando se conclui a safra com a colheita, mas conforme os analistas e meteorologistas o clima vai melhorar a partir de março do próximo ano, onde a previsão diz que teremos chuvas até o mês de abril. Isso nos deixa mais animados por que poderemos ter uma produção de milho maior num momento em que a procura pelo cereal é grande e o valor pago pela saca também é satisfatório”, destaca o presidente do sindicato.
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