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Número de focos de incêndio em áreas rurais cresce em Tapurah e região

Mês de agosto é conhecido como o mais propício para queimadas de áreas agrícolas e pastagens e situação preocupa produtores rurais

Publicado 10/08/2020 - 16:31 e atualizado 10/08/2020 - 16:32
Por: Redação

O cheiro forte de fumaça no ar e também o céu mais escuro devido aos focos de incêndio surgidos na região de Tapurah no fim de julho e início de agosto se tornou uma constante e preocupa as autoridades locais, uma vez que, agosto é o mês mais propício para o surgimento dos focos em todo o estado de Mato Grosso.

Em Tapurah, as queimadas começaram a surgir em áreas de palhada de milho (lavoura) e mata fechada no último dia 24 de julho na rodovia MT-488, estrada que liga Tapurah a Nova Maringá, a 19 quilômetros de Tapurah. Posteriormente outros focos foram surgindo e outras áreas atingidas. Durante o mês de julho, segundo dois Boletins de Ocorrências registrados na Delegacia de Tapurah, o fogo atingiu cerca de 100 hectares da palhada de milho (agricultura) e 200 hectares de mata.

Para conter o fogo produtores rurais, com ajuda de vizinhos trabalharam vários dias com maquinários e colaboradores. De acordo com os boletins de ocorrências registrados em Tapurah, não se sabe a forma do início dos focos de incêndio no local.

Segundo o proprietário de uma das áreas atingidas, que preferiu não se identificar, no último dia 25 de julho ele estava na cidade de Tapurah no sábado a tarde e, quando retornou à sua propriedade, passou pelo local do fogo para verificar se estava tudo controlado, mas se deparou com dois novos focos pequenos se iniciando novamente. “Eram dois focos de incêndio pequenos, com distância de um quilômetro um do outro. O fogo estava bem no começo, como não foi apagado na hora e o fogo não se alastrou muito para dentro do mato, nós apagamos sozinhos na manhã de segunda-feira”, disse o proprietário da área atingida.

Na última quarta-feira (05/08) outro incêndio foi registrado na mesma rodovia (MT-488) em uma área de preservação natural (mata), a cerca de dez quilômetros da cidade de Tapurah. A Polícia Militar atendeu uma chamada anônima e foi até o local da queimada para verificar a ocorrência.

Conforme o comandante da PM, 1º Tenente Helckier Ricardo da Silva Araújo, a PM vem atuando juntamente com a secretaria de Meio Ambiente do município a fim de conter os incêndios e punir os autores do crime ambiental. Neste foco de incêndio, segundo o tenente, quando a PM chegou ao local, os proprietários estavam no local tentando apagar o fogo com a ajuda de maquinários e caminhões pipa da prefeitura. “Pelo relato de um sobrinho do proprietário da área, acredita-se que o incêndio foi criminal. Nas declarações deste familiar do proprietário, ele alega que o fogo possa ter sido provocado por alguém, de forma criminosa, não entrando em muitos detalhes. Agora a Polícia Civil investigará o caso”, relata.

Segundo a PM, neste ano já foi registrado um número maior de focos de incêndio se comparar ao ano passado (2019).  A pena para quem provoca incêndios nesta época do ano é de 03 a 06 anos de reclusão, além de responder administrativamente, com aplicação de multa. Em 2020 a PM já efetuou duas prisões em Tapurah por queimadas urbanas.

Para o presidente do sindicato rural de Tapurah, Dirceu Luiz Dezem os meses de agosto e setembro são os que mais preocupam os produtores rurais do município em relação aos focos de incêndio. Segundo ele, na maioria das vezes os incêndios se iniciam de forma acidental e também criminal, que acontecem, principalmente nas áreas que não possuem documentos. “Essas áreas ficam sem responsabilidades e as pessoas colocam fogo no mato, que no mês de agosto o mato tende a queimar mais intensamente em virtude do vento. Quando o fogo sai do mato e atinge as áreas de lavouras que já foi colhida, é um grande problema para os produtores nesta época”, ressalta.

Dezem afirma que “nenhum produtor que tem terras legalizadas vai colocar fogo, nem no pasto e nem em lavoura. Como não se pode plantar nesta época, então se mantém a lavoura seca e é o princípio para o fogo. Uma lavoura atingida pelo fogo traz prejuízos enormes aos proprietários e estamos vendo no momento atual que existe fogo em áreas que não tem quem responsabilizar. Essa é a nossa preocupação no momento”, frisou.

 

 



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