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Tapurah 32 anos - Parece que foi ontem

Parece que foi ontem que presenciei a emancipação de Tapurah; fazem 32 anos.

Publicado 03/07/2020 - 22:51 e atualizado 04/07/2020 - 08:23
Por: Paulo Minosso

Minha família chegou a esta terra abençoada em 13 de julho de 1987, um ano antes do então Distrito ser desmembrado de Diamantino. Lembro que o seu Angelo Minosso até foi junto para Diamantino com o Amilton Ortega Ferreira para tratar da emancipação.

Apesar de não ter nenhuma tradição em política, a gente participava torcendo para alguém ganhar. Será que mudou alguma coisa? Aí veio o primeiro prefeito, Gilberto Brisot, que fez o seu sucessor, Ademir Macorin, que fez o médico Dr. Júnior prefeito. Assim a história foi se escrevendo.

Antes, tudo estava por fazer. No canteiro central da Av. Romualdo Allievi, (que ainda não tinha este nome) corria uma mangueira preta, que hora se mostrava por cima da terra e era constantemente cortada. Aí ferrava tudo. Assim era a água encanada. Não raro, buscávamos água com o trator e uma carretinha no Rio Barella. Tomei muitos banhos por lá. Recentemente percebi que as crianças já não podem mais fazer isso.

Em 1991, após concluir meu então Segundo Grau no Colégio Cândido Portinari, saí de Tapurah para estudar. Após a primeira faculdade, realizei um sonho de menino, abrindo uma empresa em família que hoje pertence ao meu irmão.

São muitas as emoções. Lembro do dia em que vi a patrola rasgando a Avenida Allievi para fazer o asfalto. Tremia tudo. Registrei esse momento com minha máquina fotográfica “cheretinha”.

Em 1998 saí definitivamente de Tapurah. Me estabeleci em Nova Mutum como repórter do Jornal Arinos. Foi assim que fiz minha pequena parcela de expansão do nome Tapurah pela região por três anos. Neste período tive um companheiro no departamento comercial chamado Roberto Paulo Banowski (popular Whiskyzito), a quem tive o privilégio de repassar alguma coisa sobre redação jornalística. Orgulhosamente, desde 2005, o aluno ultrapassou o professor e tornou-se dono do Jornal Caiabis. Em 2000 me estabeleci em Sorriso. Por mais três anos divulguei Tapurah como diretor do então Jornal Correio Mato-grossense. Lá se foram 20 anos.

Longe, mas muito perto, Deus sempre me dá a graça de conversar com pessoas de Tapurah. Tenho dito que é a cidade pequena mais bonita do médio norte de Mato Grosso. Me encanto toda vez que vou visitar. É uma paixão antiga!

Uma das maiores emoções profissionais da minha vida foi entrevistar o índio Tapurah (José Tapurá, chefe da tribo indígena Irantxe). Eu estava na cidade fazendo a cobertura jornalística da exposição agropecuária no governo do então prefeito Reinaldo Tirloni, responsável por trazer o índio à cidade. Com o apoio de uma assessora de uma ONG que o acompanhava, o entrevistei num quarto do Hotel Arinos. Tive muitas instruções antes de começar a entrevista, pois havia o temor de uma reação por parte dele.

Mas o que aconteceu naquele quarto de hotel foi bem o contrário. Sentados à cama para a entrevista, com a esposa dele sentada no chão comendo uma castanha - que me ofereceram e comi, conversamos longamente. Gravei toda a conversa (pausa para as emoções).

Posteriormente a assessora me disse que Tapurah nunca tinha falado abertamente a alguém sobre a negociação para mudarem da área que hoje é o município de Tapurah para onde eles viviam à época da entrevista: município de Brasnorte, salvo engano. Após a publicação, deixei uma cópia do jornal com a minha ex-professora de história, Marinês Piaia, para arquivo. Eu também tenho uma cópia que guardo com muito carinho.

Tapurah se reinventou e passou ao posto dos maiores municípios produtores de grãos do Estado. É um município que coleciona muito orgulho. É a cidade da minha família, é a minha cidade que amo muito.

Pra não dizer que não falei das flores, o buraco que ameaçava engolir a cidade é antigo, e tinha até apelido (que não posso revelar aqui).

Parabéns a todos os tapuraenses!

 

Paulo Minosso é diretor de Marketing da Faculdade Centro Mato-grossense (FACEM), marido e pai, escritor, advogado não atuante, amante de uma costela na brasa, enfim, gente como você.

 



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