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População de Tapurah apresenta demandas de segurança em audiência

Publicado 27/06/2018 - 09:34 e atualizado 27/06/2018 - 09:43
Por: Nara Assis

O município de Tapurah terá a segurança reforçada com mais uma viatura para a Polícia Militar (PM-MT). Além disso, o secretário de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), Gustavo Garcia, se comprometeu a trocar a viatura atual, palio weekend, por uma caminhonete. Os encaminhamentos foram repassados à população da cidade, que apresentou demandas durante audiência pública realizada na tarde de sábado (23.06), na Câmara Municipal.

O incremento de efetivo nos últimos anos também foi destacado pelo secretário. “Temos feito operações integradas regularmente em todo o estado, e isso é resultado do trabalho sério de todos os profissionais das forças de segurança. Conseguimos planejar e executar estas ações graças ao reforço de 3.663 policiais que tomaram posse na atual gestão”, frisou Gustavo Garcia.

O comandante-geral da PM-MT, coronel Marcos Vieira da Cunha, frisou que só no ano passado foram realizadas 19 operações integradas no município. “Estamos trabalhando em parceria com a Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica) e Detran (Departamento Estadual de Trânsito), pois acreditamos que a união de esforços é capaz de trazer resultados cada vez melhores para a sociedade”.

A principal preocupação dos moradores é com relação aos roubos e furtos, delitos praticados majoritariamente por menores de idade. A situação também despertou a atenção da Polícia Judiciária Civil (PJC-MT), que designou uma delegada para atuar em Tapurah, há cerca de nove meses. “Estamos buscando realocar e aumentar o efetivo, dentro do possível, e também podemos recorrer ao Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra) em forças-tarefas. Mas precisamos entender a importância de trabalhar com estes jovens no âmbito da educação, de forma preventiva”, avaliou o diretor de Interior da PJC, Wladimir Fransosi.

A titular da Delegacia de Tapurah, Vanessa Aguiar da Cunha Garcez, apresentou os resultados obtidos por meio do trabalho integrado entre Polícia Judiciária Civil (PJC-MT) e PM. “Em 2017 tivemos 214 pessoas presas, sendo 172 em flagrante e este ano todos os roubos foram identificados até o momento e representei pela prisão de 89 pessoas”. Ela ponderou, porém, que a legislação criminal, principalmente com a instalação das audiências de custódia, contribui com a sensação de impunidade.

“Muitas vezes a pessoa que já foi presa acaba saindo em liberdade provisória em razão das poucas vagas do sistema penitenciário e depois acabam cometendo novos delitos. A população sente essa falha legislativa, todo o trabalho policial foi feito e a vontade da sociedade é que aquela pessoa fique presa. Contudo, a legislação brasileira permite que se responda processo em liberdade. Em todos os assaltos que ocorreram aqui na região, as autorias foram identificadas e foram solicitadas as prisões, alguns ficaram presos, mas a maioria está solta, e não há uma ilegalidade nisso, já que a Lei permite”.

A presidente do Conselho de Segurança do município, Edivane Dasia Finco, afirmou que a PM realmente precisa de mais uma viatura e apontou também a necessidade da construção de um centro de detenção provisória. “Precisamos que as autoridades pensem com carinho sobre essa demanda, porque atualmente não temos uma estrutura para manter os presos e esse deslocamento para cadeias como a de Porto dos Gaúchos gera custo e exige efetivo”. Sobre isso, o secretário Gustavo Garcia afirmou que vai repassar a situação ao titular da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh-MT), Fausto de Freitas.

Processos acumulados

Também presente na audiência, a promotora de Justiça de Tapurah, Cynthia Quaglio Gregorio Antunes, salientou que a Comarca local está sem juiz titular, o que compromete tanto o trabalho das forças de segurança, quanto do Ministério Público (MP). “Esta situação dificulta o andamento do processo criminal. Desde que estou aqui já apresentei cinco memoriais (atos finais pedindo condenação) em casos de roubos majorados, que são graves, mas sem um juiz titular esses processos estão se acumulando”.

O deputado estadual Sebastião Rezende, que viabilizou a audiência, analisou que a iniciativa surtiu resultados positivos e que outros encaminhamentos ainda terão desdobramentos. “Vou fazer a cobrança ao TJ (Tribunal de Justiça) com relação à necessidade de um juiz para a Comarca, e também ficou claro que precisamos buscar formas de investir na prevenção da criminalidade junto às crianças e jovens”. A vereadora de Tapurah, Daise Martins de Souza, disse que a população clamava pelo encontro desde o ano passado. “Foi um momento muito importante, no qual a sociedade pôde apresentar as principais demandas às autoridades presentes”.

O prefeito da cidade, Iraldo Ebertz, disse que a situação da segurança melhorou nos últimos meses e que é preciso encontrar uma saída para lidar com os menores de idade. “Esta é a principal preocupação da população, e pensando nisso eu tenho visitado as escolas duas vezes por semana, para acompanhar de perto as crianças e adolescentes, e ver como podemos melhorar a educação, porque entendemos que a prevenção reflete nos índices criminais”.

Moradora de Tapurah há sete anos e meio, Amanda de Souza destacou ainda que é preciso focar na recuperação de dependentes químicos, pois para ela o envolvimento com drogas motiva grande parte dos crimes cometidos. “Nesse sentido, enquanto cidadã e também representante da comunidade terapêutica ‘É possível ser feliz’, coloco a instituição à disposição para realizar parcerias que possam contribuir para a redução da criminalidade”.

Também participaram representantes do Corpo de Bombeiros Militar, Politec, Detran, entre outras autoridades e lideranças políticas de Tapurah e Itanhangá.

 

 



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